quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Aedes aegypti , o Odioso
O mosquito "aedes aegypti", cuja tradução é "egipcio odioso" vem trazendo muito atribulação para o povo brasileiro.
Não somos responsáveis pela criação deste monstrinho amedrontador, apenas pela sua disseminação. Sua origem é africana, mas hoje já se alastra por quase todo o mundo, principalmente por países tropicais e subtropicais.
A civilização do século XXI foi surpreendida não pela existência de extraterrestres que pudessem abalar nossa estrutura, como previam os ficcionistas, mas por um mosquito diabólico com menos de um centímetro, que vem mostrar a fragilidade de nossa perfeição e inteligência.
É como um inimigo cruel, que quer nos maltratar na nossa face mais narcísica, a perfeição do corpo e da mente das futuras gerações. É como as pavorosas pragas do Egito. E não temos Moisés para negociar com o Ramsés.
Será que quem o denominou já previa a devastação que poderia ocasionar e por isso nomeou-o com o adjetivo "odioso"?
Além das doenças que em si pode carregar, ele nos mostra a face da sociedade que não queremos ver. É o lixo, o desleixo da população pelos restos jogados ao léu, o poder público como que siderado pela surpresa do ataque de um inimigo sem ter uma tática eficaz e rápida de defesa. Dessa forma , mais e mais o mosquito demoníaco nos torna cúmplices. Se falasse diria: nossas fêmeas não são as culpadas, culpados são vocês que não cuidam de suas casas, de seu lixo. Culpados são vocês que tem água parada nas ruas, caixas de água destampadas Culpados são vocês que não tem um sistema de coleta lixo eficaz.
Esse mosquito inimigo veio para nos julgar por crimes urbanos de lesa saúde.
Condenados que estamos sendo, a punição é a doença.
Mas há a pena alternativa, aquela tão utilizada nos Juizados Criminais, a da prestação de serviço à comunidade.
Depois do Mea culpa, mea máxima culpa vamos arregaçar as mangas para difundir ao máximo nos grupos de amigos, empregados, empresas, escolas, as regras básicas para erradicar as larvas dos mosquitos. Vamos exigir do poder público que faça a sua parte e de forma eficiente.
Temos sim a nossa cota de responsabilidade na proliferação dos mosquitos, mas temos muito a fazer em prol da comunidade.
Cientistas do mundo inteiro estão se debruçando sobre seus estudos para encontrar uma arma eficaz contra o mosquito inimigo. Não se fala em mísseis, nem em avião supersônico. A guerra será biológica. Em contrapartida ao ataque às novas gerações, nós humanos vamos nos utilizar de uma arma por nós ou entre nós proibida, a eugenia, a esterilização dos machos.Quiçá a batalha nuclear dê certo.
Mas , os não cientistas como nós, meros mortais, também queremos fazer nossa parte, além de casas limpas, lixo coberto por plásticos bem fechados, nenhuma água parada, caixas de água cobertas.
Do municipio de Sorriso vem um exemplo a ser seguido. Por lá estão disseminando a plantação de uma planta denominada Crotaláia. A idéia foi da engenheira Cinthya Cominesi.
A engenheira explica que é a flor da planta que atrai a libélula, que se alimenta dos ovos e larvas do mosquito inimigo. Por lá, o Clube de Amigos da Terra foi quem forneceu as sementes.
Há que se parabenizar a iniciativa. Vale a pena tentar. Vamos plantar muitas mudas desta planta, que além de ser parceira no combate à proliferação desse odioso mosquito, ainda é decorativa.
As fotos e a informação nos foram cedidas pelo amigo dr. Irenio Filho, cirurgião dentista, que já providenciou a plantação da Crotalaia nos jardins da casa dele no Condominio Jamacá, em Chapada dos Guimarães.
E que juntos, vençamos essa batalha, em prol das futuras gerações.
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